sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Ação é precedente para perseguição política ao Funcionalismo Municipal

Nota da executiva do PcdoB de Ijuí

A sindicância que culminou com a suspensão do médico e militante do PCdoB, Ricardo Pittas e Silva recebeu ampla divulgação e publicização, ato sem precedentes no histórico de sindicâncias realizadas no setor público do município.

Não questionamos seu mérito e as suas consequencias.

O Partido Comunista do Brasil, desde a sua fundação, lutou e defendeu as liberdades democráticas, o direito de livre expressão e de religião e a transparência. Sofremos, nos períodos de exceção, em especial durante a ditadura militar, atos de perseguição política de todos os tipos. Muitos morreram, outros foram torturados e outros foram caçados em sua cidadania, perseguidos em seus empregos e na comunidade através de intimidação e assédio.

É de conhecimento da população de Ijuí que o militante do Partido Ricardo Pittas e Silva, tem exercido amplamente o seu direito a livre expressão, apontando em diversos momentos, através das redes sociais, exemplos do que considera má administração, mau uso do dinheiro público e deficiências de gestão deste governo. Foi candidato a vereador e teve o reconhecimento da população, sendo eleito primeiro suplente do Partido.

Ao considerar as questões acima relatadas e o fato de que este critério de publicização de sindicâncias não foi utilizado em outras situações semelhantes e até mais graves, seja envolvendo questões específicas ou servidores, a ampla publicidade dada a somente este caso tem como fundo atingir o cidadão e o militante, por ser este um crítico desta administração.

É, antes de mais nada, um ato vil na medida em que abre um precedente perigoso de exposição de todo o funcionalismo público municipal a uma prática que só é exercida quando quem deveria estar preocupado em administrar, esta mais engajado em, através de atos como este, manter-se no poder. Ato próprio de governos autoritários e antidemocráticos.

Por isso repudiamos esta ação isolada travestida de transparência dos atos públicos.

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