sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Projeto de Piaia prevê desconto para contribuinte que realizar compostagem de resíduos domiciliares

Cerca de 64,46% do total dos Resíduos Sólidos domésticos coletados em Ijuí, na área urbana, são de matéria orgânica aproveitável para compostagem ou de rejeito contaminado por matéria orgânica. Os dados são do diagnóstico realizado para o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) e foram apresentados pela equipe responsável pela revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico.

Somente com a coleta de rejeitos o município gastou em 2016 mais de dois milhões de reais e a conta, contando com o transporte para o aterro em Giruá, chega a mais de 4 milhões anuais. Os dados também mostram que há aumento na geração de resíduos, proporcional ao seu aumento populacional. “Quem paga esta conta são os ijuienses, através da taxa de lixo, cobrada junto com o IPTU. O que é alarmante é que nos últimos anos, esta conta não fecha. O que é cobrado de taxa não cobre as despesas totais do município com coleta, transbordo e transporte para o aterro sanitário e mais de um milhão de reais são deslocados pela administração, de outras áreas para cobrir este rombo”, explica o Vereador Junior Piaia, proponente do projeto.

Uma saída para amenizar e até resolver esta questão está na compostagem, que é o processo que transforma restos de alimentos e resíduos orgânicos em adubo. “Cada vez mais temos que investir em conscientização. Neste sentido é preciso que cada um tenha responsabilidade sobre o lixo que produz, consequentemente sendo responsável pela destinação deste material. A coleta pública é um serviço ao cidadão, por isso há uma taxa. Se cada um de nós, na origem, ou seja, em cada residência, diminuir a quantidade de lixo para ser coletado e enviado ao aterro, teremos um enorme retorno tanto no aspecto ambiental como financeiro”, justifica Piaia.

Como incentivo a compostagem, o projeto prevê um desconto de 20% na taxa do lixo ao contribuinte. A proposta já tramita no legislativo. “Há um enorme atraso referente a estas questões em todo o país, com exceções de algumas cidades que já avançaram neste processo que é de educação, de conscientização e de preservação. É urgente avançarmos e o projeto tem justamente este sentido, de promover o desenvolvimento social, a preservação do meio ambiente e a qualidade de vida, além de, proporcionar o cultivo de alimentos saudáveis e economia para o descarte correto de resíduos”, concluiu Junior Piaia.