segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Congresso Nacional da CTB: “A luta é para valer”, diz a Vereadora Rosane Simon
Com a presença de todas as demais centrais sindicais, de representantes de movimentos sociais representativos como o MST, UJS e UBM, do ex-ministro e Deputado Federal Ciro Gomes e com a participação de cerca 1,4 mil delegados, o 2º Congresso Nacional da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) encerrou-se neste sábado em São Paulo com a eleição de uma nova direção para um mandato de quatro anos. A nova chapa foi eleita por unanimidade.
A CTB filia atualmente mais de 600 sindicatos em todo o Brasil, representando cerca de 7 milhões de trabalhadores. Rosane Simon, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ijuí e vereadora, era uma das delegadas presentes. “O destaque deste congresso, sem dúvida nenhuma, foi o clima de união e solidariedade entre os trabalhadores e trabalhadores das mais diversas categorias presentes. Outro ponto a destacar é justamente esta diversidade de representação conquistada pela CTB neste curto espaço de tempo de 2 anos, desde a sua criação”, disse a vereadora.
Uma Declaração Política do 2º Congresso Nacional da CTB também foi aprovada (Leia na integra aqui). Sob a perspectiva do sindicalismo classista, o documento atualiza e sintetiza as principais bandeiras de luta para os trabalhadores. Entre as bandeiras de luta da CTB, põem-se em destaque a consolidação da unidade das centrais sindicais e a realização de uma nova Conclat (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora). A cerca de um ano das eleições presidenciais de 2010, a Declaração Política também sai em defesa de uma plataforma unificada dos trabalhadores e do desenvolvimento com valorização do trabalho.
Ao ser elaborado e debatido, o documento levou em conta o contexto da grave crise do capitalismo — que, conforme o texto, “evidencia os limites do capitalismo e o fracasso das políticas neoliberais em todo o mundo. Ao lado dos seus efeitos negativos, a crise também pode abrir oportunidades para o movimento sindical”.
“A CTB demonstra acima de tudo que não surgiu para ser mais uma. Ratificamos nossa luta pelo fim do fator previdenciário e pela redução da jornada de trabalho, além de reafirmarmos nosso compromisso com os avanços que estão em curso no Brasil do governo Lula. Como diz o nosso refrão: CTB, a luta é pra valer”, concluiu Rosane.
Entrevista com Ciro Gomes - Congresso da CTB
Presente ao 2º Congresso Nacional da CTB, o deputado federal e ex-ministro Ciro Gomes concedeu esta entrevista na qual falou da importância do Congresso da CTB, a realização de uma nova Conclat (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora) e a PEC sobre a Redução da Jornada de Trabalho. (Fonte: Portal da CTB)
Secretaria de Relações Institucionais inícia suas atividades
Outro tema discutido foi a elaboração de um projeto de atuação, integrando as bases do partido e a organização de um cronograma de reuniões com pauta definida. Também esteve na pauta a discussão sobre a organização de eventos na região propiciando o debate de temas atuais visando à qualificação abrangente de nosso corpo partidário. Outros assuntos relativos a nossa política local e nacional também foram enfocados no final da reunião.
Os integrantes da Secretaria mostraram-se cheios de energia e disposição, com muitas idéias e vontade de trabalhar para o fortalecimento dos ideais do PCdoB. Esperem para breve mais novidades!
Os camaradas compõe esta secretaria:
Agenor Castoldi
Ricardo Pittas
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
O tempo não pára - o socialismo vive!
Partido Comunista do Brasil (PCdoB) - 85 anos como instrumento de luta da classe operária
No dia 25 de março o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) completa 85 anos de fundação e quem tem muito a comemorar com isso é o povo brasileiro, pois ao longo de sua história o partido representou para os trabalhadores um espaço próprio para encaminhar cada uma das suas maiores lutas por liberdade e democracia, valorização do trabalho como ação humana transformadora e por soberania nacional. A criação do partido comunista em nosso país foi, portanto, uma necessidade da classe operária e deu-se em um momento de grande mobilização popular, evoluindo a partir das atividades e concepções anarquistas predominantes no início do século 20 (greves e paralisações, insurreições militares, etc.) para tornar-se um movimento ainda mais amplo, patriótico, cultural e de renovação política e social. Em meio à Semana da Arte Moderna, figuras notáveis do cenário artístico e cultural somaram-se a líderes sindicalistas e populares para fundar, em 1922, o Partido Comunista do Brasil, cuja sigla, à época, era PCB.
Vanguarda dos trabalhadores
Iniciou-se então uma trajetória em que o partido alcançou a posição de protagonista e vanguarda nas lutas da classe operária, inclusive obtendo grande expressão eleitoral, como, por exemplo, nas eleições para o Congresso Nacional Constituinte de 1945, quando mais de 10% da bancada de deputados era formada por comunistas, entre eles, o escritor Jorge Amado e o líder revolucionário Luiz Carlos Prestes, que foi eleito senador. Tais fatos denotavam o prestígio popular das idéias comunistas, mas também provocaram uma forte reação das elites sociais, que com sucessivos golpes de Estado, não só restringiram as liberdades democráticas do povo como também cassaram os mandatos dos parlamentares comunistas, colocaram o partido na ilegalidade, perseguiram, prenderam, torturaram e mataram muitos de seus integrantes e dirigentes. Aliás, a história recente do país mostra que justamente nos momentos em que o povo foi mais oprimido por regimes ditatoriais, também o Partido Comunista do Brasil enfrentou os maiores desafios à sua organização.
Mesmo assim, jamais faltaram à militância comunista coragem e consciência para continuar na luta por seus ideais. Em plena década de 1970, no auge da repressão imposta pelo governo militar, o PCdoB travou a Guerrilha do Araguaia, que tornou-se o maior movimento de resistência armada à ditadura e contribuiu decisivamente para denunciar as violências cometidas pelo regime e escancarar para as classes médias da sociedade toda a situação de opressão a que estava submetido o povo brasileiro. Com isso, ganhou impulso o processo de redemocratização do país, com as lutas pela Anistia e, posteriormente, pelas eleições diretas. Em ambos os movimentos os comunistas tiveram destacada atuação, ainda que, à época, impossibilitados de organizarem-se em seu próprio partido, tenham feito do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) a sua trincheira de luta. Quando enfim o partido reconquista o direito de organizar-se legalmente, mantém-se coerente à sua história e compõe com a Frente Popular a base político-ideológica do movimento democrático e popular que culmina com a eleição de Lula à Presidência da República, na terceira tentativa consecutiva.
Socialismo renovado
Embora os muitos méritos da organização comunista brasileira, é inegável a ocorrência de períodos em que surgiram incompreensões quanto aos referenciais marxista-leninistas fundamentais do comunismo, principalmente quanto à opção por um modelo acabado de socialismo, capaz de ser aplicado indistintamente em todos os países, em oposição à idéia de um sistema socialista construído com bases próprias, respeitando as características individuais de cada nação.
Desde o início dos anos 1980, a crítica consciente acerca dos problemas enfrentados nas experiências socialistas em curso no mundo permitiu ao PCdoB renovar as suas concepções sem, no entanto, cair no revisionismo teórico. Em outras palavras, o PCdoB manteve-se fiel à linha revolucionária, que prioriza a classe operária como principalagente transformador social, mas passou também a viver um período de maior independência teórica, aplicando na realidade brasileira os conceitos criados por Karl Marx e Friedrich Engels e desenvolvidos por Vladimir Ilitch Uliânov (Lênin).
Esta foi uma das principais razões para que o partido surgisse com nova vitalidade e compreensão nos anos de 1990, mesmo após a derrocada da União Soviética, a queda do muro de Berlim e o alardeado “fim da história”, que propõe o capitalismo como único sistema produtivo viável para a humanidade.
Maturidade política
No século 21, e especialmente a partir deste ano de 2007, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) alcança um novo patamar de maturidade política, em que atua de forma diferenciada dos demais partidos, tendo sua interpretação, produção teórica e ideológica próprias, trabalhando em três grandes frentes: a luta institucional (parlamento, governos e disputas eleitorais), a disputa de idéias na sociedade e ainda a participação destacada nos movimentos sociais e populares que são a principal força motriz dos processos revolucionários.
Ainda que esta tripla frente de atuação não seja exclusividade do PCdoB em relação a demais partidos políticos, a característica marcante dos comunistas é buscar o equilíbrio nesta atividade, sem pender apenas para a luta institucional, caindo no revisionismo e sem priorizar exclusivamente a luta ideológica ou os movimentos populares, de onde deriva o esquerdismo. Assim, hoje o PCdoB vem assumindo importantes posições no governo federal, em diversos municípios e estados, já ocupou a presidência da Câmara dos Deputados (e até a Presidência da República, interinamente!), mas também dirige politicamente entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) através da União da Juventude Socialista (UJS), a maior entidade juvenil da América Latina. Participa ainda, com destaque, da Central Única dos Trabalhadores, através da Corrente Sindical Classista e dos movimentos de emancipação feminina, pela União Brasileira de Mulheres.
Há ainda uma outra condição bastante peculiar aos comunistas e que denota uma grande evolução na forma de organização interna. Atualmente, o partido mantém o seu modelo histórico de ser formado por quadros, ou seja, pessoas que adquiriram crescente compreensão teórica e assumem maiores responsabilidades ao longo de sua trajetória militante. No entanto, isso não quer dizer que o PCdoB seja um partido para poucos. Ao contrário, hoje os comunistas estão trabalhando em uma realidade com maiores liberdades democráticas e grandes contingentes do povo brasileiro vem somando-se à luta pelo socialismo, mesmo sem assumir uma função específica dentro do partido.
Isso vem ocorrendo cada vez mais, à medida que se destaca aos olhos da sociedade todo o histórico do PCdoB como legítimo instrumento da classe operária nas suas lutas por emancipação social, por libertação da opressão do capital e conquista de condições de igualdade para viver. Neste sentido, a ética de classe é um dos aspectos mais marcantes do Partido Comunista do Brasil, pois se manteve fiel, desde suas origens, à única classe social que realmente tem interesse de realizar a revolução: o proletariado.
Mais audácia
Essa condição rara para um partido político, unindo tradição e modernidade, história e renovação constante, permite ao Partido Comunista do Brasil uma maior afirmação do seu papel e avanço mais audaz da sua política em defesa do Brasil e do seu desenvolvimento, da democracia, do progresso social e da integração continental. Por estes pressupostos, o PCdoB projeta-se com mais audácia na sociedade, em todos os campos de sua atuação: nas disputas eleitorais, apresenta um projeto próprio, inclusive com maior independência em relação às demais forças políticas; nos movimentos populares e sociais, reafirma sua capacidade de liderança na construção da sociedade socialista e, em todos os debates ideológicos, apresenta-se com opiniões marcantes, fundamentadas na ciência e na experimentação, unindo teorias e práticas do marxismo-leninismo com as vivências de sua militância e do nosso povo.
Saudações Socialistas
Mateus Junges
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Vereadora Rosane Simon e UMES/Ijuí buscam lei pela meia entrada
A meia entrada em Ijuí foi motivo do convite da vereadora Rosane Simon à diretoria da UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas) para que participassem da sessão na Câmara Municipal de Vereadores nesta segunda-feira (21).
A UMES foi representada pelo presidente da entidade Robinson Monteiro e pela diretora do departamento cultural Angélica Schitz. Rosane acolheu mobilização da entidade por criação de lei municipal da meia entrada em Ijuí. “Nosso município já dispunha de uma legislação sobre a carteira estudantil que se estendia ao tema da meia entrada, mas que estava defasada. Este projeto que apresentamos agora segue a legislação estadual, de autoria do deputado Raul Carrion, que é recente e acolhe todas as demandas do movimento estudantil. Nesta nova proposta acrescentamos o estendimento do benefício à terceira idade, dando direito do benefício as pessoas com mais de 60 anos”, relatou a vereadora.
Robinson Monteiro explicou que a lei era uma cobrança dos estudantes secundaristas junto a entidade e que poucos estudantes tinham conhecimento sobre a existência em Ijuí de uma legislação sobre o tema, já que nenhum estabelecimento oferece a opção de meia entrada. “Estamos expressando nosso apoio à aprovação da lei. A educação não se limita ao que nos é passado entre as quatro paredes de uma escola, mas é dar a juventude oportunidades de acesso a cultura e ao lazer. A meia entrada é fundamental para isso, considerando os gastos das famílias com educação”, disse Robinson. A UMES está em plena companha pela meia entrada. Com o título de “Quero meu direito por inteiro, exijo meia entrada já!”, estão visitando os grêmios estudantis e mobilizando para a ação. Robinson Monteiro entregou um abaixo assinado ao presidente da casa e cobrou do executivo a fiscalização sobre os estabelecimentos, para que respeitem o obedeçam a legislação.
A noite foi ainda de homenagem aos 25 anos da União da Juventude Socialista (UJS), comemorados neste dia 22 de setembro, manifestada pelo presidente da UMES e pela vereadora Rosane Simon, em plenário. “A UJS esteve e está presente em todos os momentos importantes da vida brasileira e todos sabemos o valor desta entidade em representar a juventude que pensa outro Brasil, um Brasil socialista. Sabemos da importância do momento eleitoral do ano que vem e temos na UJS uma entidade que estará pronta para nos auxiliar no desafio de dar continuidade ao projeto de soberania e desenvolvimento que está em curso no país”, disse a vereadora.
Rosane lembrou ainda, neste 21 de setembro, dia da árvore, sobre o seu anteprojeto de criação de viveiros públicos municipais, para o cultivo e distribuição de mudas para a comunidade de Ijuí. “Espero que o executivo implemente este projeto, oportunizando ao cidadão acesso a mudas para que ele tenha também papel ativo na proteção e ampliação de áreas verdes em nosso município”.
sábado, 19 de setembro de 2009
Diretório do PCdoB de Ijuí define comissões política e executiva
O diretório municipal do PCdoB de Ijuí, eleito na convenção municipal do último dia 12, reuniu-se pela segunda vez após a eleição neste sábado (19), para formalizar a escolha de Ângelo Schiavo como presidente do partido e também para eleger as comissões política e executiva dentre os 23 membros do diretório.
Na reunião esteve presente o presidente estadual do partido Adalberto Frasson, de passagem por Ijuí vindo da convenção de Santa Rosa e deslocando-se à Cruz Alta, também para participar da convenção naquele município.
A reunião foi aberta por Ângelo Schiavo, que expôs a pauta da reunião. Logo após tomou a palavra Adalberto Frasson, que atualizou os presentes quanto a conjuntura nacional e estadual para as próximas eleições, reforçando alguns temas presentes nas teses do partido para o 12º Congresso Nacional. “Somos um partido que acredita no Brasil. Vivemos um momento privilegiado em nossa luta para criar as condições necessárias para a transição ao socialismo, neste momento de grandes desafios e perspectivas em meio a crise capitalista. Nosso debate não será em torno de nomes, mas em torno de um projeto que defenda um acordo entre o empresário produtivo e os trabalhadores para dar prosseguimento e aprofundar os avanços dos últimos anos”, disse.
A seguir, Roberto Macagnam lembrou que o Brasil não pode retroceder, fazendo referência principalmente a ação do governo Lula na economia: “a intervenção do estado foi fundamental para o Brasil suportar e superar a crise”.
Após estas explanações, Adalberto Frassom pediu licença a todos para se deslocar a convenção de Cruz Alta e Ângelo deu prosseguimento a pauta do dia, iniciando o debate para a escolha da comissão política e da comissão executiva. No PCdoB, a comissão política é a responsável por definir a política de atuação e a comissão executiva é a responsável por implementar esta política.
Para a comissão política, composta por 11 nomes, foram escolhidos:
Adriano Schröer, Agenor Castoldi, Ângelo Schiavo, Junior Piaia, Lucia Crescente, Luis Goulart, Luiz Bauer, Nelson de Lima, Roberto Macagnan, Rosane Simon e Teresinha Castoldi
E a comissão executiva, composta por cinco nomes, tem a seguinte formação:
Presidente: Ângelo Schiavo
Vice-presidente: Lúcia Crescente
Secretaria Organização e formação: Junior Piaia
Secretaria de Finanças: Luis Goulart
Coordenação de Bancada: Rosane Simon
Após a eleição destas duas comissões, encaminhou-se uma agenda de atuação e foi definida uma data para as reuniões do diretório, que será sempre no terceiro sábado dos meses impares, sendo a próxima reunião no dia 21 de novembro.
Veja os demais secretários:
Secretaria Sindical: Nelson de Lima
Secretaria de Comunicação: Adriano Schröer
Secretaria de Juventude: Ângelo Schiavo
Secretaria de Movimentos Sociais (comunitário): Luiz Bauer
Secretaria de Assuntos Institucionais: Agenor Castoldi
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Reportagem Especial: O petróleo tem que ser nosso
Programa 1 - Petróleo no Brasil: memória de lutas populares
Programa 2 - Pré-sal, uma riqueza desconhecida em risco
Programa 3 - As reservas de petróleo e a luta por soberania nacional
Programa 4 - Fundo Social Soberano nas mãos do povo brasileiro
Programa 5 - Uma outra inserção do Brasil no contexto mundial
Programa 6 - O petróleo e as novas fontes renováveis
Programa 7 - Mobilização: um caminho para o povo brasileiro
Página da Rádio Agência NP
Ou baixe todos os áudio no 4shared
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
PCdoB de Ijuí elege novo diretório e indica presidente para os próximos dois anos
No sábado (12), em conferência municipal, o PCdoB de Ijuí escolheu os 23 nomes que comporão o novo diretório do partido, para o mandato de dois anos. A conferência municipal é também uma etapa para o congresso nacional do partido que se realizará em dezembro, na cidade de São Paulo.
O evento contou com a presença de Carlos Fernando Niedersberg, secretário de formação e juventude do comitê estadual, que fez uma fala explanando aos presentes as teses do partido para o 12º Congresso Nacional. Após a fala, abriu-se o debate a fim de ouvir a militância de Ijuí e colher propostas para levar ao congresso estadual, em outubro. Logo após deu-se a votação das teses, aprovadas pelos presentes. Em seguida, foram distribuídas as cédulas para a sugestão de nomes ao diretório do partido. Enquanto os presentes realizavam a escolha, Junior Piaia leu o documento elaborado pelo diretório que termina o mandato, fazendo um relato do mandato deste diretório. “Voltamos nossos esforços para fortalecer o partido e buscar o governo municipal. Com certeza, obtivemos sucesso nesta primeira tarefa, pois inúmeras pessoas se filiaram nos últimos meses acreditando nas idéias e propostas que colocamos à sociedade. Além disso, elegemos uma vereadora, retomando o espaço do PCdoB na câmara municipal. Não chegamos ao governo municipal, mas obtivemos exito, porque reafirmamos para a comunidade de Ijuí que temos uma proposta alternativa para a cidade. Frente aos desafios que enfrentamos nesta última eleição, saímos fortalecidos”, disse. Junior Piaia, deixa a presidência do PCdoB de Ijuí para se dedicar exclusivamente a sua nova função, delegada pela executiva estadual, que é a de compor a lista de nomes que concorrerão a deputado nas eleições do ano que vem.
Em seguida, iniciou-se o processo de escolha do novo diretório. Os eleitos foram:
Adriano Daltro Schröer, Agenor CastoldiAlisson da Silva Legonde, Ângelo Augusto Schiavo Lunelli, Beate Anelise Ristow, Cleusa Morais, Dari Batista, Fátima Regina Banolas da Silveira, Gilmar de Oliveira, Israel Fernandes da Rocha, Junior Carlos Piaia, Lucia Ottonelli Crescente, Luciana dos Santos, Luis Rodrigo Goulart, Luiz Etevaldo da Silva, Luiz Valmir Bauer, Magnos Alfredo Muhlbeier, Marilene Fátima Macedo, Nelson de Lima, Ricardo Pittas e Silva, Roberto Macagnan, Rosane Simon e Terezinha Tondello Castoldi.
Composto o novo diretório, foram escolhidos em votação 15 nomes, entre titulares e suplentes, como delegados para o congresso estadual, encerrando assim a conferência municipal. Logo após, o novo diretório reuniu-se para deliberar sobre os encaminhamentos para o novo mandato. Um deles, foi a indicação, aceita por unanimidade, do nome de Ângelo Schiavo para presidir o partido. Esta escolha, já confirmada, deverá ainda ser ratificada em reunião formal, a fim de cumprir as normas estatutárias. Ângelo Schiavo tem 25 anos, é filiado no partido desde 2003 e membro do diretório municipal nestes 6 anos. Foi diretor do DCE da UNIJUI, já a 4 anos, sendo 3 deles como presidente e foi membro da direção estadual da UJS. Foi candidato a vereador nas últimas eleições. “Tivemos um índice de renovação de 40% em nosso diretório. Fico feliz porque o PCdoB é um partido que se renova constantemente e oportuniza a formação militante dentro desta proposta de renovação. Temos novamente um grande desafio nas eleições do ano que vem e tenho a certeza que este diretório terá plena capacidade de enfrentá-las. Continuaremos trabalhando para fazer o PCdoB crescer”.
Avaliação do Diretório Municipal do Partido Comunista do Brasil (2007-2009)
Nestes últimos dois anos travamos grandes batalhas. Nosso projeto politico audacioso, exigiu grande esforço do coletivo partidário. A principal de nossas batalhas foi o último pleito eleitoral, no qual concentramos esforços para eleger Junior Piaia prefeito de Ijuí e retomar o espaço dos comunistas na câmara de vereadores. Projeto presente desde o inicio da gestão deste diretório, na avaliação de uma política de alianças, definição das candidaturas a vereador e articulação com forças da sociedade, que absorveram a energia da direção do partido e de todos os filiados.
O resultado desta batalha não foi o desejado, mas o partido saiu deste pleito muito mais fortalecido, dialogando com a maioria da população, reconhecido como uma alternativa avançada e comprometida com os trabalhadores, como expresso na grande votação do Piaia. Alem disso, coordenou a campanha eleitoral com maturidade e organização, adquirindo respeito das outras siglas partidárias. O resultado da eleição na proporcional foi comemorado, pois além da excelente votação da camarada Rosane Simon, eleita vereadora, ficamos a menos de cem votos do coeficiente eleitoral, o que coloca o partido em um outro patamar na correlação de forças partidárias no município, além de projetar novas lideranças.
Este crescimento partidário não se reflete nas finanças. Apesar do desafio cada vez maior a que o partido se propõe, não conseguimos avançar na politica de finanças. Prova disto é que apenas 25 militantes contribuem com regularidade, sendo possível apenas a manutenção da sede. A demanda de cursos e de atividades são crescentes e o partido não consegue dar o suporte financeiro necessário, sendo que os custos normalmente são absorvidos pelos camaradas que participam das atividades.
Temos que avançar neste sentido, fazer a discussão nas bases, tratar finança como política necessária para o crescimento do partido. Essa situação se expressa também na dificuldade encontrada em cobrar a contribuição minima anual, os 15 reais que dão direito a carteira militante.
Nesse período, conseguimos consolidar um grupo executivo do partido, que manteve uma agenda intensa de reuniões. Mas nos debatemos com a ainda difícil e trabalhosa tarefa de reunir nosso diretório. Devemos considerar que a comunicação entre a executiva e as demais instâncias partidárias não se deu de maneira exitosa, o que criou uma distância no debate político realizado pela executiva e os integrantes do pleno do diretório. Mas consideramos fundamental a necessidade de uma tomada de consciência por parte de todos os camaradas, sobre sua participação e disponibilidade para a atividade partidária, sem deixar de citar, que no diretório do partido temos camaradas com diferentes níveis de compreensão politica, diferente grau de comprometimento e diferente tempo de militância no partido.
No pós eleitoral, os esforços se concentraram na reorganização das bases do partido, tarefa difícil na qual obtemos certo exito, apesar de as bases ainda não terem uma agenda própria de discussão, estando os debates limitados a questões internas. Tínhamos como uma das prioridades estabelecidas no Planejamento Estratégico Partidário – PEP 2007/2009, atuar de maneira organizada nas frentes de massa, sendo os movimentos sindical, estudantil e comunitário, onde temos atuação de camaradas do partidos. Infelizmente, não logramos aumentar nossa atuação em movimentos que lideramos e onde já tínhamos representatividade e assim também não foi possível ampliar nossa atuação a outras esferas de atuação do movimento social. Sempre considerando que no mesmo documento estabelecemos que a eleição de 2008 seria a prioridade do coletivo partidário.
Registramos um número importante de novas filiações, resultado de nosso projeto político definido, tarefa que teremos que realizar com maior dedicação no próximo período, pois na luta é que se tem o crescimento, quantitativo e qualitativo. Existe ainda a preocupação de formação desses novos filiados. Para isso, realizamos um curso de formação de nível 01, apresentamos o “bem vindo camarada” em nossas organizações de base e um curso aos então pré-candidatos a vereador e quadros partidários, sabendo não ser suficiente. A dinâmica de discussões e debates internos, importante ferramenta de formação, diminuiu, sendo retomada, em parte, pelas teses do 12º congresso.
Temos muito o que avançar, na organização partidária, na formulação e divulgação da nossa opinião, na atuação nas frentes de massa e no movimento social. Voltar a atenção para a estruturação de nosso partido, um partido de ruptura, de luta por uma sociedade mais justa, com dirigentes cada vez mais preparados para dar respostas a essa nova etapa, nova batalha na luta pelos avanços das conquistas dos trabalhadores.
Temos que avançar no acompanhamento de nosso mandato na Câmara de Vereadores, ajudando a construir propostas e dando suporte político a vereadora. Manter o partido mobilizado e atuante é o desafio que o próximo diretório terá, pois quanto mais inserido na luta de classes e organizado estiver, maior será o passo rumo uma nova sociedade.
Saudações Socialistas
Diretório 2007 – 2009.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
PCdoB convida a todos para a sua Conferência Municipal
Neste sábado, 12 de setembro, as 14 horas, no plenário da Câmara Municipal de Vereadores de Ijuí, o PCdoB realiza sua Conferencia Municipal, mais uma etapa do processo rumo ao 12º Congresso Nacional do partido, que se realizará em dezembro. Em debate as alternativas que o partido propõe para que o Brasil possa avançar no processo de desenvolvimento e construir uma nova sociedade, a sociedade socialista, em especial um projeto socialista para o Brasil e o Novo Programa Nacional de Desenvolvimento. A reunião será aberta ao público e todos estão convidados. No momento será eleito também o novo diretório municipal.
Conferência Municipal do PCdoB
Um projeto socialista para o Brasil
Data: 12/09/09
Horário: 14:00
Local: Plenário da Câmara Municipal de Vereadores
Fragmentos
Os grandes paises devem estar pensando...
Na visita que fez em maio deste ano à China, o presidente Lula quebrou o protocolo para apresentar ao presidente Hu Jintao não um funcionário do primeiro escalão do governo, mas um geólogo que hoje é diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella. Lula explicou ao colega chinês que Estrella era o responsável pela Petrobras ter descoberto as reservas de petróleo do Pré-sal e por isso merecia todo o destaque.
Por conta do grande potencial petrolífero do Brasil, Estrella pede uma reflexão por parte da sociedade brasileira sobre como vamos lidar com o novo papel do Brasil na geopolítica internacional e como isso vai ser recebido pelas nações hoje hegemônicas no mundo. Segundo o executivo da Petrobras, os grandes países devem estar pensando: "Tem um cara grande aí no sul que tem água, tem sol, mal ou bem tem uma democracia, tem uma economia crescente, agora descobre a expectativa de uma baita reserva de petróleo. Este cara vai nos incomodar". (Leia)
...e as vias abertas da América Latina
Contra a arquitetura institucional eleitoral das classes dominantes, os povos indígenas, os “campesinos”, os sem-terra, os operários, os assalariados despossuídos, os desempregados, esboçam novas formas de ação e de luta social e política, recusando-se a respaldar governos e grupos que têm sido dominantes há muito tempo.
“não estarão os povos andinos, amazônicos, indígenas, negros, homens e mulheres trabalhadores dos campos e das cidades, a estampar que a América Latina não está mais disposta a suportar a barbárie, a subserviência, a iniqüidade, que em nome da “democracia das elites” assume de fato a postura do império, da autocracia, da truculência, da miséria e da indignidade? Não estaremos presenciando o afloramento de um novo desenho de poder popular, construído pela base, pelos camponeses, indígenas, operários, assalariados urbanos que começam novamente a sonhar com uma sociedade livre, verdadeiramente latinoamericana e emancipada?”.
Não estaremos começando tecer, redesenhar e mesmo presenciar as novas vias abertas na América Latina? (Leia)
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Soberania é uma proposta política. Pensamento subalterno também.
O país que temos é resultado da proposta política que elegemos em 2002 e reelegemos em 2006. O país que teremos será resultado da proposta política que elegeremos ano que vem. A questão do pre-sal está umbilicalmente ligada ao futuro soberano desta grande nação. Defender a Petrosal é um dever de todo o cidadão deste país. Pelo país que iremos ter.
Veja parte do artigo de Rodrigo Vianna para o Carta Maior:
Se os tucanos tivessem ganhado em 2002, hoje provavelmente a festa do pré-sal seria no Texas, ou em Cingapura - na sede da empresa que teria assumido o controle da Petrobrax. Os tempos do "pensamento subalterno", os tempos de tirar os sapatos para os Estados Unidos, esses ficaram pra trás. "Altas personalidades naqueles anos chegaram a dizer que a Petrobras era um dinossauro – mais precisamente, o último dinossauro a ser desmantelado no país. E, se não fosse a forte reação da sociedade, teriam até trocado o nome da empresa", disse o presidente Lula no lançamento do pré-sal.
Trecho do discurso do Lula:
Determinei à comissão de ministros que preparou o marco regulatório do pré-sal que trabalhasse em cima de três diretrizes básicas.
Primeira: o petróleo e o gás pertencem ao povo e ao Estado, ou seja, a todo o povo brasileiro. E o modelo de exploração a ser adotado, num quadro de baixo risco exploratório e de grandes quantidades de petróleo, tem de assegurar que a maior parte da renda gerada permaneça nas mãos do povo brasileiro.
A segunda diretriz é de que o Brasil não quer e não vai se transformar num mero exportador de óleo cru. Ao contrário, vamos agregar valor ao petróleo aqui dentro, exportando derivados, como gasolina, óleo diesel e produtos petroquímicos, que valem muito mais. Vamos gerar empregos brasileiros e construir uma poderosa indústria fornecedora dos equipamentos e dos serviços necessários à exploração do pré-sal.
A terceira diretriz: não vamos nos deslumbrar e sair por aí, como novos ricos, torrando dinheiro em bobagens. O pré-sal é um passaporte para o futuro. Sua principal destinação deve ser a educação das novas gerações, a cultura, o meio ambiente, o combate à pobreza e uma aposta no conhecimento científico e tecnológico, por meio da inovação. Vamos investir seus recursos naquilo que temos de mais precioso e promissor: nossos filhos, nossos netos, nosso futuro.
Quem confia, no povo brasileiro e no Brasil?
Olho para trás e vejo que há algo em comum em todos esses momentos, algo que unifica e dá sentido a essa caminhada, algo que nos trouxe até aqui e ao dia de hoje: é, sinceramente, a capacidade do povo brasileiro de acreditar em si mesmo e no nosso país. Foi em meio à descrença de tantos que querem falar em seu nome... O povo – principalmente ao povo – devemos esse momento atual.
É como se houvesse uma mão invisível – não a do mercado, da qual já falaram tanto, mas outra, bem mais sábia e permanente, a mão do povo – tecendo nosso destino e construindo nosso futuro. Não creio que seja uma coincidência o fato de a Petrobras ter descoberto as grandes reservas do pré-sal justamente num momento da vida política nacional em que o povo também descobriu em si mesmo grandes reservas de energia e de esperança. Num momento em que o país, deixando para trás o complexo de inferioridade que lhe inculcaram durante séculos, aprendeu como é bom andar de cabeça erguida e olhar com confiança para o futuro.
Muito obrigado, camaradas*."
*O "Camaradas" é grifo meu!
Leia a integra do discurso na Carta Maior