Estamos nos aproximando da conferência municipal do PCdoB, tempo de construção sobre os rumos que o partido deve tomar daqui para diante. Tempo de debater as teses do 12º congresso, reunir as assembleias de bases, o ativo partidário e plenária de filiados. E sobretudo, tempo de avaliação critica da atuação da direção do partido neste ultimo período, pois a critica e a auto-critica são parte da construção do centralismo democrático, ferramenta que nos garante democracia interna e unidade de ação.
Nestes últimos dois anos travamos grandes batalhas. Nosso projeto politico audacioso, exigiu grande esforço do coletivo partidário. A principal de nossas batalhas foi o último pleito eleitoral, no qual concentramos esforços para eleger Junior Piaia prefeito de Ijuí e retomar o espaço dos comunistas na câmara de vereadores. Projeto presente desde o inicio da gestão deste diretório, na avaliação de uma política de alianças, definição das candidaturas a vereador e articulação com forças da sociedade, que absorveram a energia da direção do partido e de todos os filiados.
O resultado desta batalha não foi o desejado, mas o partido saiu deste pleito muito mais fortalecido, dialogando com a maioria da população, reconhecido como uma alternativa avançada e comprometida com os trabalhadores, como expresso na grande votação do Piaia. Alem disso, coordenou a campanha eleitoral com maturidade e organização, adquirindo respeito das outras siglas partidárias. O resultado da eleição na proporcional foi comemorado, pois além da excelente votação da camarada Rosane Simon, eleita vereadora, ficamos a menos de cem votos do coeficiente eleitoral, o que coloca o partido em um outro patamar na correlação de forças partidárias no município, além de projetar novas lideranças.
Este crescimento partidário não se reflete nas finanças. Apesar do desafio cada vez maior a que o partido se propõe, não conseguimos avançar na politica de finanças. Prova disto é que apenas 25 militantes contribuem com regularidade, sendo possível apenas a manutenção da sede. A demanda de cursos e de atividades são crescentes e o partido não consegue dar o suporte financeiro necessário, sendo que os custos normalmente são absorvidos pelos camaradas que participam das atividades.
Temos que avançar neste sentido, fazer a discussão nas bases, tratar finança como política necessária para o crescimento do partido. Essa situação se expressa também na dificuldade encontrada em cobrar a contribuição minima anual, os 15 reais que dão direito a carteira militante.
Nesse período, conseguimos consolidar um grupo executivo do partido, que manteve uma agenda intensa de reuniões. Mas nos debatemos com a ainda difícil e trabalhosa tarefa de reunir nosso diretório. Devemos considerar que a comunicação entre a executiva e as demais instâncias partidárias não se deu de maneira exitosa, o que criou uma distância no debate político realizado pela executiva e os integrantes do pleno do diretório. Mas consideramos fundamental a necessidade de uma tomada de consciência por parte de todos os camaradas, sobre sua participação e disponibilidade para a atividade partidária, sem deixar de citar, que no diretório do partido temos camaradas com diferentes níveis de compreensão politica, diferente grau de comprometimento e diferente tempo de militância no partido.
No pós eleitoral, os esforços se concentraram na reorganização das bases do partido, tarefa difícil na qual obtemos certo exito, apesar de as bases ainda não terem uma agenda própria de discussão, estando os debates limitados a questões internas. Tínhamos como uma das prioridades estabelecidas no Planejamento Estratégico Partidário – PEP 2007/2009, atuar de maneira organizada nas frentes de massa, sendo os movimentos sindical, estudantil e comunitário, onde temos atuação de camaradas do partidos. Infelizmente, não logramos aumentar nossa atuação em movimentos que lideramos e onde já tínhamos representatividade e assim também não foi possível ampliar nossa atuação a outras esferas de atuação do movimento social. Sempre considerando que no mesmo documento estabelecemos que a eleição de 2008 seria a prioridade do coletivo partidário.
Registramos um número importante de novas filiações, resultado de nosso projeto político definido, tarefa que teremos que realizar com maior dedicação no próximo período, pois na luta é que se tem o crescimento, quantitativo e qualitativo. Existe ainda a preocupação de formação desses novos filiados. Para isso, realizamos um curso de formação de nível 01, apresentamos o “bem vindo camarada” em nossas organizações de base e um curso aos então pré-candidatos a vereador e quadros partidários, sabendo não ser suficiente. A dinâmica de discussões e debates internos, importante ferramenta de formação, diminuiu, sendo retomada, em parte, pelas teses do 12º congresso.
Temos muito o que avançar, na organização partidária, na formulação e divulgação da nossa opinião, na atuação nas frentes de massa e no movimento social. Voltar a atenção para a estruturação de nosso partido, um partido de ruptura, de luta por uma sociedade mais justa, com dirigentes cada vez mais preparados para dar respostas a essa nova etapa, nova batalha na luta pelos avanços das conquistas dos trabalhadores.
Temos que avançar no acompanhamento de nosso mandato na Câmara de Vereadores, ajudando a construir propostas e dando suporte político a vereadora. Manter o partido mobilizado e atuante é o desafio que o próximo diretório terá, pois quanto mais inserido na luta de classes e organizado estiver, maior será o passo rumo uma nova sociedade.
Saudações Socialistas
Diretório 2007 – 2009.
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