Desafios postos ao novo prefeito de Ijuí para que a cidade resolva velhos problemas e se torne uma cidade melhor.
Começado de fato o processo eleitoral. Para além das paixões partidárias, dos princípios e concepções, convicções e utopias, preciso ser coerente como professor de História e Geografia, enfim com a minha formação em Educação.
Então, o que espero nestas eleições aqui em Ijuí (RS)? Em primeiro lugar que os eleitores tenham liberdade de escolher aquele candidato a prefeito que acredite ser o melhor para a cidade. E a mesma lógica com os vereadores.
Que nesta eleição não haja coação de pessoas para votar em determinado candidato. Que a velha e famigerada prática de compra de votos, troca de votos por sacolas de alimento, remédios, pagamento de conta de luz, água, ainda existente em muitos lugares, não seja aplicada aqui.
É importante que mostremos às crianças e jovens que somos uma população politizada, com desenvolvimento político condizente ao processo democrático, cujo embate de ideias seja a marca do fazer política para o bem comum da cidade.
Segundo, que a campanha se paute por propostas para tornar Ijuí uma cidade melhor, na qual haja um equilíbrio entre as questões ambientais , sociais e econômicas.
Assim tem sido as propostas para uma cidade sustentável, com boa qualidade vida, um lugar agradável, capaz de oferecer condições de desenvolvimento social e cultural das crianças, e um espaço em que se sintam mais felizes jovens, adultos e idosos.
Espero que o novo prefeito eleito tenha em mente as duas partes de Ijuí: o Ijuí centro/bairros intermediários e o Ijuí periferia. Que não se paute apenas pelas estatísticas, pela média entre os bem atendidos e os que vivem com inúmeras dificuldades.
Que o olhar especial à periferia marque a mudança em Ijuí, pois em muitos espaços da periferia o abandono é visível. Lixo por todos os lados, ruas sem calçamento, esgoto, moradias precárias.
Ao novo prefeito de Ijuí está posto o desafio de olhar para periferia e não apenas olhar, mas empreender ações para superar a situação de pobreza e miséria. Daí poderá se dizer “Ijuí é uma das dez melhores cidades de morar”, com foi divulgado recentemente, com base em uma pesquisa.
É uma das dez melhores cidades para se morar no centro ou bairros intermediários. Vai morar nas periferias abandonadas pelo poder público e daí diz aqui é o melhor lugar para se morar!
Uma cidade que não cria infraestrutura urbana é uma cidade que, de certa forma, não cuida adequadamente o meio ambiente. Não tendo esgoto, onde as pessoas irão largar os dejetos?
Que o novo prefeito de Ijuí tenha um programa de desenvolvimento econômico capaz de atrair empresas. Pois elas procuram lugares que apresentam organização em diversos sentidos. Lugar onde parte da população é abandonada é lugar em provavelmente suspeito de fracasso para empreendimentos econômicos.
A cidade precisa ser atrativa para empreendimentos, assim são criados empregos, renda, tributos para mais investimentos na cidade. Mas isto não acontece espontaneamente, sem foco, planejamento e atitude política.
Ao novo prefeito de Ijuí espero que governe para todos, não discrimine alguns por ser de oposição ou supor que seja. Que depois da eleição acabem os grupos que se formam no processo eleitoral.
Que a política de privilégios para alguns apadrinhados seja coisa do passado.
Espero que cada eleitor de Ijuí analise e tome decisões. Pense naquilo que ainda precisa melhorar muito para Ijuí ser uma cidade melhor. Que os velhos problemas (saúde, segurança, empregos, meio ambiente) sejam enfrentados com atitude para começarem a ser resolvidos.
Que a velha política populista seja substituída por novas maneias de governar, com projetos para o desenvolvimento social, econômico, político e cultural.
Que o novo prefeito comece um projeto para longo prazo. Não seja apenas um ”apagador de fogo”, numa linguagem popular, em que aparece o problema e vai lá resolver, aparece outro lá em outro lugar corre lá.
Ijuí precisa ser situada na vanguarda de cidade sustentável, democrática, voltada a melhorar as condições de vida da periferia, cuidado com as crianças para um desenvolvimento social e cultural que favoreça a cidadania.
Que o novo prefeito de Ijuí crie grupos de participação política nos diversos espaços da cidade. Para que o povo ajude a resolver os problemas da cidade, superem as condições de despolitização.
Uma cidade sustentável é uma cidade em que governo, população e empresários sejam capaz de sentar à mesa para discutir o que é melhor para a cidade (meio urbano) e para o campo (meio rural).
O povão, também, precisa ter vez e voz nos processos de mudanças em Ijuí. Que o slogan “Colméia do Trabalho” seja ressignificado para promover mais participação popular na administração da cidade. Que trabalhadores urbanos e rurais sejam chamados para discutir prioridades e projetos para o Município.
Luiz Etevaldo da Silva. Professor Licenciado em Estudos Sociais, Graduado em História, Especialista em Humanidades e Mestre em Educação nas Ciências.
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