terça-feira, 27 de agosto de 2013

Rosane Simon faz duras críticas à direção da Cotrijui

Resumo da Sessão Legislativa. 26 de agosto de 2013.
Mandato do PCdoB, Vereadora Rosane Simon


O principal tema abordado pelo mandato da Vereadora Rosane Simon nesta sessão legislativa foi o grave momento pelo qual passam os trabalhadores da Cotrijui. “O momento é muito grave e envolve não só uma das mais importantes categorias de trabalhadores e trabalhadores na região, como também um dos principais ativos da Cotrijui que são os seus funcionários”, disse a Vereadora.

Rosane Simon relatou fato ocorrido na última semana em que o Sindicato recebeu denúncias de funcionários do mercado do centro. “Comparecemos no mesmo momento ao local e presenciamos o desrespeito da empresa com seus funcionários”.

Rosane relatou que os boatos “que ora o Presidente desmente, ora confirma” da venda deste mercado desmotiva os trabalhadores, pela falta de informações e até de orientações com relação ao abastecimento e funcionamento do estabelecimento. A Vereadora relatou também quem várias demissões estão ocorrendo, indiscriminadamente, e com isso os trabalhadores que ficam tem acumulado funções, dobrando as tarefas diárias e sobrecarregando alguns setores como a padaria, que está com menos da metade dos trabalhadores necessários. “Os trabalhadores nos dizem que estão no limite”, comentou.

A trabalhadora que relatou ao Sindicato estas arbitrariedades foi demitida neste dia, perseguida pela direção da empresa. “Foi demitida arbitrariamente, depois que relatou as injustiças que ela e os demais trabalhadores estavam sofrendo. Foi desrespeitada nos seus direitos de manifestação, isso pela direção da Cotrijui e pelo seu Presidente que se diz sindicalista”.

Além dos fatos ocorridos no mercado do centro, houve a demissão de um Dirigente Sindical, há a indignação de funcionários e associados com pessoas contratadas por esta direção e que andam armados no ambiente de trabalho e também ha demissão de funcionários com décadas de trabalho na Cotrijui, sem o pagamento dos valores rescisórios. “Colegas com muitos anos de casa são demitidos e apenas 30% dos seus direitos rescisórios são depositados judicialmente. Não creio que desta forma, com estas atitudes, exista transparência e respeito. Não creio que desta forma as coisas estejam andando bem, como a direção da empresa tem dito. Estão andando bem para quem?”, questionou.

Por fim Rosane Simon relatou que na próxima quinta-feira (29), ocorrerá uma reunião no Ministério Público do Trabalho em Santo Ângelo para tratar destas questões. “Uso este espaço para transmitir a minha indignação que é a indignação dos trabalhadores e trabalhadoras da empresa, que são, junto com os associados, os parceiros fundamentais da cooperativa. Esta direção continua indo à imprensa dizendo que tudo corre maravilhosamente e é preciso que todos saibam que não é bem assim”, concluiu a Vereadora.

CPI da habitação gerou polêmica
A participação da Vereadora Rosana Tenroller como relatora na CPI da habitação foi questionada pelo Vereador César Busnello, que pediu a saída dela desta comissão, já que Rosana Tenroller ocupou o cargo de Coordenadora da pasta e estaria, relatando e investigando a sua própria gestão na pasta.

A Presidência da casa encaminhou pedido de parecer jurídico sobre a questão. Para o órgão responsável pelo parecer,  não há impedimento legal quanto a participação da relatora e a orientação foi de que a questão deveria ser resolvida com o voto no plenário. Com 9 votos a favor e cinco contrários, Rosane Tenroller continuará na comissão.

A Vereadora Rosane Simon, comentando o voto contrario à permanência da colega na comissão, justificou: “Vou acompanhar o voto da bancada de oposição. Mas entendo que esta questão não deveria vir ao plenário. Não acho que seja um debate sobre a legalidade ou uma ação de oposição ao governo, política, como a bancada da situação quis fazer entender. Esta é antes de tudo uma questão moral e cabe ao partido que indicou a decisão de permanência ou não de sua representante na comissão”.

Municipários obtém avanços no vale alimentação
Os funcionários públicos municipais de Ijuí obtiveram nesta sessão um importante avanço para a categoria. Projeto de Lei aprovado pelos vereadores regularizou o desconto do vale alimentação para a categoria, quando há justificativa de falta. Anteriormente, mesmo com faltas justificadas, após atingir o limite de cinco faltas, os trabalhadores perdiam o benefício. “Quero saudar os membros do Sindicatos dos Municipários e os trabalhadores e trabalhadoras do município pela conquista que, tenham certeza, é fruto da luta e da mobilização da categoria que vem acontecendo desde o ano passado e que gradualmente é reconhecida pelo município. Por esta conquista e pela luta, vocês estão de parabéns”, disse a Vereadora Rosane Simon.

No espaço do grande expediente, Rosane falou de sua participação no 3° Congresso Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), ocorrido entre os dias 22, 23 e 24 deste mês. “Momento em que nós, os trabalhadores pudemos atualizar nossa pauta e nossa unidade. O tema do congresso, Avançar nas mudanças com valorização do trabalho é um recado para o Governo e o Congresso Nacional do chamado da classe trabalhadora para as mudanças que o país precisa”.

Rosane também lembrou que as entidades Sindicais de Ijuí e região preparam outro dia de mobilizações na próxima sexta-feira, dia 30 de agosto e convidou os movimentos sócias, entidades, estudantes e a sociedade para participarem e apoiarem o movimento. “Sairemos às ruas novamente pela pauta dos trabalhadores, uma pauta que interessa a todos”.

Nesta sessão, a convite do Vereador Andrei Cossetin, estiveram presentes o Presidente da Associação de Revendas de Agroquímicos de Ijuí, Armando Pettinelli e o Vice-presidente da entidade, Juarez Neme da Costa que fizeram uma explanação sobre as atividades realizadas pela associação, principalmente com relação ao recolhimento e a reciclagem de embalagens de agrotóxicos.

Rosane Simon encaminhou ainda o seguinte pedido de informação:
As Ruas do município que serão beneficiadas com pavimentação asfáltica através de recursos do Programa Pró-Transporte já contam com os sistemas de canalização de água, esgoto e pluvial? Caso negativo, estas canalizações serão feitas antes da pavimentação?

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