quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Vereadora Rosane Simon encerra o ano com plenária do mandato
Sem formalidades. Assim foi o encontro realizado nesta terça-feira (29) no Plenário da Câmara Municipal de Vereadores de Ijuí, com o objetivo de avaliar o primeiro ano de mandato do PCdoB no legislativo ijuiense. “Estou aqui hoje para ouvir, muito mais do que para falar. Recebemos importantes contribuições para o mandato neste ano e queremos ampliar a participação popular nas ações que vamos desenvolver em 2010”, disse a vereadora Rosane simon em sua fala de abertura. Rosane iniciou o evento fazendo um breve relato das ações, dos debates e dos projetos encaminhados no legislativo ijuiense (veja quadro) e imediatamente passou a palavra aos presentes.
No plenário representantes de diversos setores da sociedade e trabalhadores da área da saúde, educação, sindicatos, movimento de bairros e também filiados do PCdoB puderam encaminhar suas sugestões e críticas a vereadora. As vias urbanas, o transporte coletivo, a cultura e o lazer foram os principais temas tratados pelos presentes que deram destaque especial para a realização da plenária e pela oportunidade de serem ouvidos. Gilmar de Oliveira, o Kika, presidente da Associação de Moradores do Bairro Independência, resumiu de forma singela e com toda a sinceridade e espontaneidade de um homem do povo, o ato. “Acho que foi muito produtivo, 100%. É o que falta para a nossa comunidade. O vereador é pago pelo povo e nada mais correto do que ouvir a opinião dos patrões deles. Pelo desenvolvimento do nosso bairro vou estar sempre cobrando eles”, disse.
Neste sentido, um dos encaminhamentos do mandato para 2010 será ampliar esta prática de ouvir a comunidade, através de um conselho de mandato formado inicialmente por 7 dos presentes a plenária, representantes de diferentes setores da sociedade e que se reunirá em março do próximo ano para elaborar estratégias para ampliar as ações no legislativo em especial no que diz respeito ao contato com a população.
Rosane ficou muito satisfeita com o ato. “As pessoas trouxeram a sua opinião e a opinião dos setores que representam, dando respaldo a criação do conselho de mandato. Para mim isso foi muito importante porque significa ter mais confiança nas ações que desenvolvemos no ano que passou e também nos rumos que tomaremos em 2010. Ouvimos o sentimento de quem vivencia no seu dia-a-dia os problemas da cidade e isto nos conforta e nos renova porque temos a certeza de que nossa atuação reflete a vontade das pessoas. Estamos no caminho certo”.
Kika, novamente com toda a sua espontaneidade, marcou o evento com uma frase que desejamos, se concretize. “Que 2010 não seja só 10, seja também 65”.
Calendário Brasil 2010
domingo, 20 de dezembro de 2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Executiva emite nota sobre a crise no governo municipal
Sob o aspecto da coligação e de uma suposta crise, o assunto diz respeito estritamente aos partidos que a compõe. Porém existem outros aspectos, de governo, que influem diretamente na administração e conseqüentemente sobre cada cidadão e cidadã e que por isso estão na esfera pública e política. O PCdoB, como representante de um projeto político alternativo ao continuísmo trabalhista, coloca alguns fatos que merecem atenção e reflexão.
Neste primeiro ano de governo, situações corriqueiras de uma cidade transtornaram e ainda perturbam a vida da população ijuiense. A coleta de lixo foi uma dessas situações, por exemplo. Outras dessas situações, são os antigos e graves problemas que continuam sem solução na área da saúde, habitação e saneamento básico. Enquanto cidades vizinhas notadamente marcam sua administração pensando no futuro, com projetos arrojados, como o de disponibilizar sinal gratuito de internet sem fio em toda a área urbana, em Ijuí nos deparamos com a precariedade na solução de simples problemas do passado, que pensávamos superados, como a buraqueira das vias urbanas e as péssimas condições das estradas do interior. É importante ressaltar que esta administração não é nova, inexperiente. O atual prefeito municipal foi vice-prefeito e secretário, atuando nas duas administrações anteriores. Diversos secretários são também remanescentes de governos anteriores, ocupando os mesmos cargos. A alegação de que este é um governo em seu 1º ano não serve, ao menos no nosso entender.
Mas porque atentar e refletir nestes fatos?
Na imprensa e portanto publicamente, noticia-se que a “suposta crise governista” é fruto de divergências baseadas em desacordos quanto a distribuição de cargos em comissão e quanto a uma vaga na Câmara de Vereadores. São questões internas, de governo e de partido, sem dúvida. Mas que interferem, e a população sabe, na administração da cidade. Os fatos que acima relatamos são notórios e infelizmente para Ijuí, constata-se que o debate não é sobre a solução destes antigos problemas, nem sobre um projeto de cidade, sobre sua modernização, sobre torná-la mais humana e cidadã. O debate no governo, neste momento, acontece sob o prisma de projetos de poder partidário e desta forma, excludentes em relação ao povo.
Por isso o PCdoB acha importante este posicionamento, que expressamos nesta nota. Continuaremos acompanhando os fatos. Temos o sincero desejo de que estas divergências não sigam interferindo, como parecem interferir, na administração da cidade. Os velhos problemas, de real importância na vida e no dia-a-dia da população ijuiense, persistem e carecem de solução. Algumas urgentes. O povo e a cidade não merecem menos do que isso. É neste sentido que o PCdoB seguirá atuando.
Saúde: Obra inacabada
A saúde vive um momento de contrastes. Enquanto a rede hospitalar se projeta e inova na forma de inserir-se no sistema de saúde no município, a obra da Secretaria de Saúde é a novidade de um sistema precário. Uma obra importante, sem dúvida, construída com recursos públicos e que abrigará de forma decente a população e os profissionais de saúde. Mas Ijuí necessita ainda, urgentemente, de outra importante obra.
Obra humana, de gestão
Precisamos de obras que qualifiquem o atendimento à população, que apostem na participação do povo e dos profissionais da saúde na discussão das prioridades. Obra que construa acesso igualitário e transparente a consultas e exames. A maioria das decisões da Conferência Municipal de Saúde estão na gaveta e apesar de um novo cenário político, com novos protagonistas inseridos na gestão de saúde, a esperança de uma mudança não se concretizou, pelo menos neste primeiro ano. O sofrimento do povo continua. A universalidade, a integralidade, a transparência e a equidade são lenda no sistema de saúde em nossa cidade que sobrevive graças a garra e a insistência do nosso funcionalismo, para que o SUS de certo. A atenção básica está estagnada e cheia de problemas. Faltam exames, medicamentos e as filas de espera são enormes para exames de urgência. Diz-se com orgulho que Ijuí gasta mais de 30% do seu orçamento em saúde. Apesar disso, se você precisar do SUS, terá que procurar 2 ou mais vezes por atendimento. Gasta-se muito e mal. Sinal claro da falta de gestão.
Ações em busca de resultados
A falta de gestão reflete em várias áreas e programas. Desde uma ‘informatização’ incipiente e sem resultados para a população até uma controversa distribuição de fichas, injustiça que distorce o sistema. Os profissionais de saúde da rede básica, pilar fundamental de um sistema de saúde público e resolutivo, devem ser valorizados. Falta um serviço de avaliação das ações, em parceria com funcionários, que busque metas de qualificação, pois sem isso, também não há resultados.
Saúde e paz, o resto a gente corre atrás
Enfim, é preciso repensar o sistema buscando inclusão, participação e eficiência. É necessário assumir a gestão da saúde de fato e resolver os problemas que impedem o bem estar dos ijuienses. Este são os desafios de um grande pacto pela saúde em Ijuí. Povo com saúde é povo feliz.
Originalmente públicado no jornal do PCdoB de Ijuí "Ijuí Colmeia Socialista". Edição de Novembro de 2009.
sábado, 12 de dezembro de 2009
É muita M... Pense duas vezes
Nossa camarada Sônia escreve com propriedade em seu blog:
"Quer saber? Palavrão mesmo é péDEMeia, é Arruda, é panetone, é corrupção, é Yeda, é Marcos Peixoto... Isso sim, é muita MERDA. E que não gostar? Que vá à MERDA!"
Muita polêmica sobre o que não tem importância. Muito característico de nossa mídia, comprometida demais com seus próprios interesses. A Sônia nos mandou uma mensagemm outro dia, pouco antes dessa polêmica:
"Eles se chocam com a afirmação de que Lula "vai tirar o povo da merda" porque estão acostumados a mandar o povo pra lá".
Boa Sônia!
Bom também é o artigo da Manuela em seu blog, com o título Pense duas vezes.
Vale a pena reproduzir aqui.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
“A luta pelos direitos da mulher não é pequena, marginal, mas uma luta central em nossa sociedade”
O Fórum Permanente da Mulher de Ijuí promoveu nesta quarta (02), dentro da programação dos "16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher" uma conversa com Cora Chiapetta que é Membro da direção estadual e nacional da União Brasileira de Mulheres.
Os “16 dias de ativismo” foram criados com o intuito de sensibilizar sobre a violência ao gênero como uma violação de direitos humanos. A campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” destaca datas significativas no período de 25 de novembro a 10 de dezembro para unir simbolicamente a luta pela fim da violência contra as mulheres à defesa dos direitos humanos.
A conversa teve início com Rosana Tenroller, Coordenadora do Grupo de Trabalho de Políticas Setoriais da Prefeitura Municipal de Ijuí, que deu as boas vindas a todos. A seguir a vereadora Rosane Simon explanou os objetivos da reunião e fez um breve relato da evolução da luta contra a violência e sobre as discussões que envolvem o movimento de mulheres nos dias de hoje. “Nossa luta conseguiu alcançar alguns objetivos, como a Lei Maria da Penha. Avançamos. Mas não podemos nos descuidar em ralação as nossas conquistas, porque não são poucos os que querem retroceder, questionando inclusive esta mesma lei”. Rosane apresentou a convidada da noite, Cora Chiapetta, que saudou a todos dizendo de sua alegria em voltar a Ijuí. Cora esteve presente outras duas vezes a cidade, uma delas no ato de fundação da União Brasileiras de Mulheres/Ijuí, em 2003.
Ela iniciou a sua fala destacando a presença de homens no evento, salientando a importância de que estes compartilhem da luta contra a violência e pelos direitos das mulheres. Após uma breve explanação histórica da questão de gênero no Brasil e no mundo, Cora propôs aos presentes uma dinâmica para ouvir de cada um suas impressões sobre a questão e lançou uma pergunta: O que mudou?
Abriu-se uma serie de opiniões e no final Cora brincou: “Não preciso mais falar, vocês já disseram tudo”. A noite era de boa prosa mesmo. Cora deu prosseguimento a sua fala acentuando a necessidade de o movimento de mulheres não andar sozinho. Para ela, existem dois focos que devem andar juntos. O primeiro, na luta pelas questões específicas relativas ao gênero, como a saúde, por melhores salários, por espaços e por atuação política e sempre, contra a violência. O segundo foco deve ser no sentido de fazer com que a sociedade avance, como um todo. “Vivemos um momento propício para que o movimento de mulheres junte força com outros movimentos (negro, estudantil, sem-terra, etc), cada qual com suas lutas concretas, para que todos possamos nestes nossas lutas particulares, contribuir com lutas maiores que repercutam em avanços para a sociedade em que vivemos”.
Em nova roda de conversa com os participantes, a questão do movimento local veio a tona. Maria Júlia Padilha, uma das fundadoras do movimento de mulheres em Ijuí, expôs a dificuldade em ampliar o debate para além da militância dentro do movimento feminista. “Por diversas vezes procuramos abrir espaços nos bairros, nos clubes de mães ou nos postos de saúde e no entanto não tivemos acesso, não conseguimos abrir estas novas frentes, muito por falta de coordenação política do Executivo Municipal”.
Com relação a isso, todas concordam. A avaliação é de que, a partir do Fórum Permanente da Mulher de Ijuí, alguns avanços estão ocorrendo na atitude do Executivo Municipal, apesar de que lentamente. Rosana Tenroller lembrou da importância de continuar a luta pela criação da coordenadoria da mulher no município, luta histórica do movimento em Ijuí, para ampliar o raio de ação da políticas públicas para a mulher.
Para finalizar, Cora conclamou a todos com uma meta: “que daqui a alguns anos, quando novamente perguntarmos o que mudou, possamos constatar que a violência contra a mulher não existe mais, que homens e mulheres dividem as tarefas familiares, que na saúde, no mercado de trabalho e nos serviços públicos em geral as coisas sejam diferentes. Que possamos constatar que a sociedade avançou”.
“Esta atividade foi muito importante para o nosso movimento em Ijuí. Fizemos um ótimo debate sob vários pontos de vista. Sob o aspecto social, político e sobre os caminhos que devemos trilhar em busca da sociedade que queremos construir. A Cora Chiapetta nos mostrou aspectos de nossa luta que por vezes não percebemos em nosso dia-a-dia. Acho que foi um momento fundamental para todas as entidades que participam do fórum”, avaliou Rosana Tenroller.
Mais informações sobre os 16 dias de ativismo aqui.
Confira a agenda dos 16 dias de ativismo em Ijuí:
Dia 7/12
Capacitação e sensibilização com profissionais do pronto socorro do HCI dentro do programa "Observatório da Violência" para o preenchimento do relatório Individual de Notificações de Acidentes e Violência – RINAV.
Promoção: 17ª CRS, HCI e Cerest Local:
Auditório do HCR em duas edições: manhã e tarde.
Dia 8/12
Capacitação e sensibilização com agentes de saúde do município de Ijuí.
14 horas no auditório do Sindicato dos Comerciários
Promoção: 17ª CRS e Sec. Municipal de Saúde
Dia 10/12
Capacitação e sensibilização com professores da rede municipal de ensino.
Tema: A legislação atual “Lei Maria da Penha” - Fim da violência contra as mulheres – A questão da Igualdade de Gênero.
Promoção: Sec. Municipal de Educação
8:30 na SMEd
Esta programação de capacitação, sensibilização e formação com profissionais de diferentes áreas visa chamar a atenção, dar enfoque e mostrar que a violência contra a mulher não é fruto do acaso ou uma fatalidade. Precisa ser prevenida e evitada e deixar de ser banalizada pela sociedade.
Cruz Alta: foco na renovação e na consolidação de lideranças regionais para 2010
A secretária de organização do partido, Cora Chiapetta, está percorrendo as regionais do PCdoB com o propósito de ouvir cada uma e colher informações sobre a realidade de cada região, principalmente com relação as eleições do próximo ano. Nesta quarta (02), Cora esteve em Cruz Alta. “Estamos colhendo informações e opiniões de cada região sobre possíveis candidaturas e sobre qual o papel que estas candidaturas podem cumprir nas eleições de 2010. Fazendo o desenho regional teremos condições de avaliar como a situação de cada região se encaixa no desenho do projeto político estadual e federal.” disse.
Cora iniciou apresentando o contexto da reunião do Comitê Estadual no último final de semana. As mudanças no sistema de direção do partido e a intenção de estruturar as regionais para que o partido possa crescer foram debatidas. “Sem dúvida o partido cresceu. Mas precisamos crescer mais para enfrentar os desafios que temos pela frente”. Para isso, uma intensa campanha de filiações será organizada no início do próximo ano.
A seguir o tema se voltou para o projeto eleitoral de 2010. Um resumo da situação e das possibilidades no estado e no Brasil foi apresentado, realçando a necessidade de renovar a esquerda no estado, construindo um novo campo político de esquerda. Neste contexto, o PSB aparece como principal aliado para constituir este campo. A meta do partido para 2010 é ampliar as bancadas federal e estadual.
Considerando este projeto, as candidaturas regionais cumprem um papel fundamental. Esta é a opinião do presidente do partido em Cruz Alta, Fernando Cossetin. “Precisamos dar um passo mais forte, com uma chapa própria, para consolidar nomes regionais. Esta é uma questão chave para o nosso crescimento”.
A situação em Cruz Alta, assim como em várias outras regiões, ainda está bastante indefinida. O nome da Vereadora Bebeta foi colocado, avaliando possíveis cenários tanto para a Câmara Federal quanto para a Assembléia. Para José Martins, o “Taquara”, outro nome de destaque do partido na região, um nome da cidade teria grande possibilidades em 2010. “Temos pulverizado nossa votação em candidatos de outras cidades e até de outras regiões. Creio que um nome que esteja identificado com a cidade repercutirá bem entre nossos eleitores”.
Sem qualquer definição, a idéia central é de que existe um campo aberto na cidade para a Câmara Federal, pois até o momento, nenhum liderança local está sendo cogitada. Para a Assembléia, a perspectiva geral é de que entre 3 a 5 candidatos locais possam concorrer. Neste cenário, o CM de Cruz Alta acredita que haveriam boas possibilidades, com os comunistas fazendo um contraponto local ao projeto conservador. Em tom de brincadeira, uma possível dobradinha entre Bebeta e Taquara, que são casados, foi cogitada. Taquara desconversa, rindo: “Acho que nunca ocorreu isso!”