A renúncia ao cargo de secretário municipal de governo, do Sr. Darci Pretto da Silva, e sua conseqüente posse como vereador, requerendo o espaço ocupado pelo PT na Câmara Municipal de Vereadores, foi o fato político da última sexta-feira. Nada anormal, não fosse este o desenrolar de fatos que o próprio secretário já tratara no mês de setembro, quando expôs à imprensa seus descontentamentos em relação a questões de governo e da coligação governista, a Frente Popular Trabalhista. Tais fatos e principalmente a forma como foram conduzidos, trouxeram a tona o que era conhecido apenas nos bastidores políticos da cidade: a convivência entre os dois principais partidos do governo não estava, já nos últimos meses, tão harmoniosa quanto se queria fazer transparecer.
Sob o aspecto da coligação e de uma suposta crise, o assunto diz respeito estritamente aos partidos que a compõe. Porém existem outros aspectos, de governo, que influem diretamente na administração e conseqüentemente sobre cada cidadão e cidadã e que por isso estão na esfera pública e política. O PCdoB, como representante de um projeto político alternativo ao continuísmo trabalhista, coloca alguns fatos que merecem atenção e reflexão.
Neste primeiro ano de governo, situações corriqueiras de uma cidade transtornaram e ainda perturbam a vida da população ijuiense. A coleta de lixo foi uma dessas situações, por exemplo. Outras dessas situações, são os antigos e graves problemas que continuam sem solução na área da saúde, habitação e saneamento básico. Enquanto cidades vizinhas notadamente marcam sua administração pensando no futuro, com projetos arrojados, como o de disponibilizar sinal gratuito de internet sem fio em toda a área urbana, em Ijuí nos deparamos com a precariedade na solução de simples problemas do passado, que pensávamos superados, como a buraqueira das vias urbanas e as péssimas condições das estradas do interior. É importante ressaltar que esta administração não é nova, inexperiente. O atual prefeito municipal foi vice-prefeito e secretário, atuando nas duas administrações anteriores. Diversos secretários são também remanescentes de governos anteriores, ocupando os mesmos cargos. A alegação de que este é um governo em seu 1º ano não serve, ao menos no nosso entender.
Mas porque atentar e refletir nestes fatos?
Na imprensa e portanto publicamente, noticia-se que a “suposta crise governista” é fruto de divergências baseadas em desacordos quanto a distribuição de cargos em comissão e quanto a uma vaga na Câmara de Vereadores. São questões internas, de governo e de partido, sem dúvida. Mas que interferem, e a população sabe, na administração da cidade. Os fatos que acima relatamos são notórios e infelizmente para Ijuí, constata-se que o debate não é sobre a solução destes antigos problemas, nem sobre um projeto de cidade, sobre sua modernização, sobre torná-la mais humana e cidadã. O debate no governo, neste momento, acontece sob o prisma de projetos de poder partidário e desta forma, excludentes em relação ao povo.
Por isso o PCdoB acha importante este posicionamento, que expressamos nesta nota. Continuaremos acompanhando os fatos. Temos o sincero desejo de que estas divergências não sigam interferindo, como parecem interferir, na administração da cidade. Os velhos problemas, de real importância na vida e no dia-a-dia da população ijuiense, persistem e carecem de solução. Algumas urgentes. O povo e a cidade não merecem menos do que isso. É neste sentido que o PCdoB seguirá atuando.
Opa!
ResponderExcluirvamos fazer um giro pela cidade, 1º recolhendo exemplo destes problemas crônicos de Ijuí. E um segundo giro pela cidade distribuindo panfletos com este texto, os exemplos vistos e um convite aos cidadãos ijuienses se juntarem a nós. eu ajudo a distribuir!
abraço