Cerca
de 64,46% do total dos Resíduos Sólidos domésticos coletados em Ijuí,
na área urbana, são de matéria orgânica aproveitável para compostagem ou
de rejeito contaminado por matéria orgânica. Os dados são do
diagnóstico realizado para o Plano Municipal de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos (PMGIRS) e foram apresentados pela equipe responsável
pela revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico.
Somente
com a coleta de rejeitos o município gastou em 2016 mais de dois
milhões de reais e a conta, contando com o transporte para o aterro em
Giruá, chega a mais de 4 milhões anuais. Os dados também mostram que há
aumento na geração de resíduos, proporcional ao seu aumento
populacional. “Quem paga esta conta são os ijuienses, através da taxa de
lixo, cobrada junto com o IPTU. O que é alarmante é que nos últimos
anos, esta conta não fecha. O que é cobrado de taxa não cobre as
despesas totais do município com coleta, transbordo e transporte para o
aterro sanitário e mais de um milhão de reais são deslocados pela
administração, de outras áreas para cobrir este rombo”, explica o
Vereador Junior Piaia, proponente do projeto.
Uma saída
para amenizar e até resolver esta questão está na compostagem, que é o
processo que transforma restos de alimentos e resíduos orgânicos em
adubo. “Cada vez mais temos que investir em conscientização. Neste
sentido é preciso que cada um tenha responsabilidade sobre o lixo que
produz, consequentemente sendo responsável pela destinação deste
material. A coleta pública é um serviço ao cidadão, por isso há uma
taxa. Se cada um de nós, na origem, ou seja, em cada residência,
diminuir a quantidade de lixo para ser coletado e enviado ao aterro,
teremos um enorme retorno tanto no aspecto ambiental como financeiro”,
justifica Piaia.
Como incentivo a compostagem, o projeto
prevê um desconto de 20% na taxa do lixo ao contribuinte. A proposta já
tramita no legislativo. “Há um enorme atraso referente a estas questões
em todo o país, com exceções de algumas cidades que já avançaram neste
processo que é de educação, de conscientização e de preservação. É
urgente avançarmos e o projeto tem justamente este sentido, de promover o
desenvolvimento social, a preservação do meio ambiente e a qualidade de
vida, além de, proporcionar o cultivo de alimentos saudáveis e economia
para o descarte correto de resíduos”, concluiu Junior Piaia.
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