quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Rosane Simon discorda da intenção de instalar a Casa da Cultura no parque de exposições Wanderley Burmann

Em seu pronunciamento no plenário da câmara, na sessão legislativa desta segunda-feira (22), Rosane Simon solicitou ao executivo municipal que avalie com mais atenção a utilização da verba proveniente de emenda parlamenta para a instalação da Casa da Cultura em Ijuí. “Penso a cultura como agente transformador da sociedade e também da realidade em nossa sociedade. Com cultura podemos melhorar a vida das pessoas, de crianças, jovens, adultos e idosos. Mas para isso precisamos de espaços democráticos e acessíveis para todas as camadas da população. Não podemos instalar um equipamento cultural, tão valioso em nossa cidade carente de espaços culturais, em local distante de nossos cidadãos”, ponderou a vereadora.

Segundo notícias veiculadas na imprensa, a indicação do local seria do Conselho Municipal de Cultura. Também em pronunciamento, os vereadores Gladimir Ribeiro e Helena Stumm Marder, esta que vinha trabalhando pela instalação da Casa da Cultura na antiga estação ferroviária, discordaram do local. O projeto em discussão no conselho de cultura quer utilizar o prédio já existente, próximo a entrada do parque, onde é realizada a feira de orquídeas, para a instalação da casa de cultura.

Rosane crê que esta proposta, da maneira como está colocada, não atende as necessidades culturais do município. Para ela, o projeto de instalar um restaurante dos 12 povos naquele local, que também integra a proposta, é interessante, mas deveria contar com verba proveniente de outro projeto ou emenda. “Numa escala de prioridades, não temos carências na área gastronômica, pois temos uma ampla rede de bons restaurantes, sem falar nas casas típicas.  Já nossas carências culturais são enormes. Não temos cinema, não temos salas públicas para cursos e ensaios de dança, teatro, para produção audiovisual, exposições de arte, enfim, para ampliar e expor nossas manifestações culturais e para possibilitar aos cidadãos que se manifestem culturalmente ”, disse. Em seu pronunciamento Rosane lembrou que até as etnias, solicitaram espaço de aluguel na cidade pela distancia e pela dificuldade de locomoção para ensaiarem em suas casas típicas. A vereadora defende que a Casa da Cultura deva ser pensada e discutida como um espaço de produção e manifestação cultural, possibilitando o acesso democrático de toda a população a consumir e a produzir arte e conhecimento.

“Não tenho dúvidas de que a Casa da Cultura deva ser instalada próximo ao centro da cidade e que deva contemplar salas que possibilitem ao povo de Ijuí contato com as mais variadas manifestações culturais, de forma ampla e democrática. Acho que nossa Casa da Cultura pode ainda englobar um moderna biblioteca municipal, num espaço mais agradável e dinâmico do que o atual”.

Rosane relata que já vem recebendo diversas manifestações contrárias ao projeto,  de pessoas e entidades preocupadas com a questão. “Peço as pessoas que se manifestem e nos ajudem a construir uma política cultural mais ampla para a nossa cidade”.

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